Exupéry esteve em Natal

Foto reproduzida do livro "Assas sobre Natal"

Foto reproduzida do livro “Assas sobre Natal”

Exupéry esteve em Natal.  Melhor ainda, começou a escrever seu grande romance “O Pequeno Príncipe” sob a sombra do baobá de Diógenes da Cunha Lima. O ar tranquilo, o clima ameno, o visual bonito contribuíram para a inspiração do escritor.

A pequena capital do Rio Grande do Norte teve uma baita contribuição para a história da literatura mundial e é uma espécie de co-responsável pelo personagem que encantou a vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Ponto.

Em uma cidade com tanta baixa auto-estima como a nossa, é melhor acreditar nesta tese defendida pelo livro “Asas Sobre Natal” de João Alves de Melo e pelo escritor Diógenes da Cunha Lima do que ficar no argumento dos pessimistas que afirmam que Exupéry nunca passou por essas terras.

Sempre fui a favor de que, na dúvida, é melhor adotar sempre a versão mais otimista. Os gregos fizeram isso e devem grande parte da sua cultura épica de grandes heróis a florear versões. Mossoró faz isso com a história dos “heróis” que expulsaram Lampião e seu bando da terra de Santa Luzia.

E por que, em Natal, tendemos sempre a optar pela versão mais pessimista das coisas?

Não há provas absolutas que comprovem ou não a passagem do escritor por essas terras. O que há são indícios fortes dos dois lados. Um deles, é a foto que ilustra este post e que, ao meio, mostra Exupery supostamente em Natal.

Tá, eu sei que Diógenes da Cunha Lima e sua obsessão por aquele baobá é de um pedantismo ridículo.  Não se trata de defender nenhum dos dois, se trata de de querer criar um elemento cultural positivo para a cidade.

Temos de alimentar a lenda, mesmo que não haja prova suficientes de que foi real. Devemos ensinar aos nossos filhos que Exupéry esteve aqui e que esta terra é inspiradora e capaz de fazer brotar frutos.

Devemos exigir do poder público que crie praças e eventos que homenageiam este fato. Livros sobre isso devem ser escritos. Redações em colégios devem ser feitas. Um universo mítico tem de ser criado.

Elementos como esses fazem bem à cultura e estima natalense. “Asas sobre Natal” pode ser um marco disso tudo.

Melhor do que continuar alimentando a síndrome de vira-lata que tanto nos persegue.

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